segunda-feira, 9 de março de 2009

A Busca


A Busca
A Busca
:: Elisabeth Cavalcante ::


Tenho me perguntado, às vezes, por que para algumas pessoas, a busca por conhecer-se em profundidade e descobrir os mistérios da existência se torna uma necessidade tão premente quanto respirar, enquanto para outras estas questões são irrelevantes. Existem ainda, aqueles que não possuem sequer um lampejo de consciência de que existem outras dimensões do ser, que se ocultam sob a camada mais evidente, que é a personalidade exterior, ou ego.

Penso quem naturalmente, estas diferenças são determinadas pelo grau de consciência com que chegamos a este mundo, e que se diferencia de um ser humano para outro. Para a maioria dos chamados buscadores, chega um momento em que a angústia existencial e o sofrimento emocional torna-se tão insuportável, que lhes parece ter chegado a um ponto sem retorno. Porém, repentinamente, se acende dentro deles uma luz, um insight, que misteriosamente lhes indica uma possibilidade de libertação.

Mesmo que não tenham a menor idéia de como se dará este processo, começam a procurar por algo ou alguém que lhes aponte um caminho. E, infalivelmente, quando este anseio começa a penetrar seus corações, a existência responde de maneira generosa, e faz surgir em suas vidas aqueles que irão servir de guia, um farol a iluminar o túnel escuro em que se encontravam até então.

Dificilmente vemos pessoas que tenham iniciado a busca espiritual sem que tenham passado por uma crise pessoal séria, onde tudo pareceu de repente perder o sentido. Mas a vida sempre se esforça para preservar a si mesma e, nestes momentos cruciais, elas são tomadas por um intenso desejo de refazer-se, traçando um novo roteiro para sua história, onde a felicidade e a paz interior sejam as protagonistas.

Tornar-se apaixonado pela vida e adquirir a consciência de que se pode construir uma nova trajetória, a cada dia, não importando o que o mundo nos apresente, é a mudança fundamental que ocorre quando nossa busca resulta na resposta que tanto solicitamos. Mas é preciso estar alerta e receptivo para receber os sinais e, ao recebê-los, confiar neles de modo absoluto. Sem este entusiasmo e esta confiança, nada será possível e continuaremos prisioneiros de um estado interior onde predominam a angústia e o sofrimento.

Amado Osho, você pode dizer quem é você?

Maneesha, sou um convite para todos aqueles que estão procurando, buscando e têm um grande anseio em seus corações para encontrar os seus lares.

Sou uma resposta para a pergunta que todos têm, mas que não podem formular, uma pergunta que é mais uma busca do que uma questão, mais uma sede do que uma indagação verbal e mental. Uma sede que a pessoa sente em cada célula e fibra de seu ser, mas que não tem como trazê-la às palavras e perguntá-la.

Sou uma resposta para essa pergunta que você não pode formular e que não pode esperar que ela possa ser respondida. Quando digo que sou a resposta, não quero dizer que possa lhe dar a resposta. Sim, se você estiver pronto, você pode pegá-la. Sou como um poço, pronto para que você atire o seu balde e tire água por você mesmo.
Tenho, mas não posso alcançar você sem os seus esforços.

Somente você pode me alcançar. Este é um convite estranho; ele o levará a uma longa peregrinação, e terminará somente onde você já está. Você precisará dar muitos passos, em muitos caminhos, simplesmente para chegar a você mesmo, pois você se distanciou de você mesmo e se esqueceu completamente do caminho de volta. Sou um lembrete, uma lembrança do lar perdido.

Não existo como uma pessoa; como uma pessoa eu simplesmente aparento. Eu existo como uma presença. Desde o dia em que vim a conhecer a mim mesmo, a pessoa desapareceu; existe somente uma presença, uma presença muito viva que pode saciar a sua sede, que pode preencher o seu anseio.

Portanto, em uma palavra posso dizer que sou um convite, e é claro, apenas para aqueles que têm um profundo anseio em seus corações, que estão sentindo falta deles mesmos, uma profunda urgência, que a menos que encontrem a si mesmos, tudo o mais não tem sentido.

A menos que isso seja o seu interesse prioritário e supremo, a ponto de, se necessário, você estar mesmo disposto a perder tudo por isso, mas não pode abandoná-lo...

Existem milhares de desejos, mas no que se refere a anseio, há apenas um, o de voltar para casa, de encontrar sua realidade. E nesse próprio encontrar, você encontra tudo o que tem algum valor: bem-aventurança, verdade, êxtase.

.....Sou um esforço para provocar o dormente em você, para despertar o que dorme. O fogo está presente, mas está queimando muito baixo, pois você nunca cuidou dele.
Meu convite é para tornar você chamejante, e a menos que você conheça uma vida que seja luminosa e chamejante, todo o seu conhecimento é apenas uma trapaça. Você está juntando-o para ajudá-lo a se esquecer de que o conhecimento real está faltando.

Mas não importa quão grande seja o seu acúmulo do outro, do objetivo, do mundo, isso não vai se tornar um substituto do seu autoconhecimento. Com o autoconhecimento, de repente desaparecem toda a escuridão e a separação em relação à existência.

Sou um convite para você dar um corajoso salto no oceano da vida. Perca-se, pois esta é a única maneira de encontrar a si mesmo.
Osho, do livro: The Invitation (O Convite).


Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga,
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
Atende em São Paulo e para agendar uma consulta, envie um email.
Conheça o I-Ching
Email: elisabeth.cavalcante@gmail.com